sexta-feira, 23 de março de 2018

IDENTIFICANDO SEUS “INIMIGOS” “AMIGOS”.


IDENTIFICANDO SEUS “INIMIGOS” “AMIGOS”.

“A falsidade tem asas e voa, e a verdade a segue engatinhando, de modo que quando percebemos o engano, já é tarde demais”
(Miguel de Cervantes)



Muitas vezes é difícil diferenciar uma bolsa de uma marca famosa de uma imitação. Elas têm a mesma forma, mesma cor, a mesma costura, as mesmas medidas e até a etiqueta é igual a da marca original. Mas há pequenos detalhes que vão se revelando ao longo do tempo. Quando exposta ao sol ou molhada, a bolsa imitação se desmancha: as divisões internas se descosturam e causam desconforto; até a alça que utilizamos para carregá-la no ombro já não é tão confortável quanto antes. E o que podemos fazer? Sentimos pena de jogar fora, mas não podemos usá-la em nenhum evento importante. O mesmo vale para as relações com os falsos amigos. No início, os falsos amigos parecem perfeitos, mas aos poucos, sem que percebamos a razão, começam a causar mais problemas e aborrecimentos do que se espera de alguém com quem compartilhamos uma vida ou apenas conversas interessantes. Eles parecem mudar com o tempo ou já não conseguem esconder a sua verdadeira face, o seu verdadeiro caráter.
Começam as discussões e as desavenças por coisas banais. Seu comportamento fica estranho, mas você não quer “abrir os olhos “. Ninguém gosta de perder os amigos, quando você vê você se torna o principal alvo do seu querido amigo. Eu particularmente nesses quarenta de anos de vida, convivi com muitas pessoas que passaram pelo meu caminho, pessoas maravilhosas e seres humanos desprezíveis.  Quando o ser humano, que frequenta a sua casa, come da sua comida, usufrui dos benefícios da sua amizade, futuramente se torna um estranho para você, alguém desprezível, que choca pelas atitudes e pela forma que enxerga você e o mundo na maioria dos casos, é alguém frustrado, que não se encaixa em padrões sociais de convivência e a forma de se sentir igual é denigrir o que nunca poderá alcançar, no caso você. O que leva o ser humano agir desta forma? O motivo é muito singular e requer uma análise mais minuciosa, porém na maioria dos casos, o que não podemos ser e ter se torna alvo da nossa perseguição. Resumindo a pura falta de capacidade e conhecimento.
Aqui, dou algumas orientações para que você identificar os “falsos amigos”.

Dicas para identificar o falso amigo

Fique de olhos bem abertos. Eles são muito sutis e agradáveis e acreditamos que não há motivo para preocupações. No entanto, antes que a situação se torne insuportável, como acontece com a bolsa falsa que acaba se desmanchando, resolva essa situação. Afaste-se e tire-o da sua lista de contatos.
Seu amigo parece feliz em falar com você, mas sempre fala mal dos outros. Nunca tem nada de bom para comentar, está sempre destilando seu veneno.
Curiosamente, essa mesma pessoa o elogia na sua frente, mas o critica quando não está presente.
Não conversa sobre vários assuntos, mas fala muito da vida das outras pessoas. É impossível ter uma conversa que não o leve a analisar a vida dos outros em comparação com a sua.
Ele não é honesto com os seus sentimentos e isso é confuso e desgastante.
Ele lhe diz para ser alegre e positivo, mas ele próprio não age dessa forma. Não quer demonstrar suas frsquezas e faz parecer que não precisa da sua amizade.
Faz comentários desagradáveis como: “o meu estava melhor”, “eu já passei por isso”, “eu já lhe disse isso”, “não é para tanto”. Seu nível de maturidade é 100 e ele diz que o seu é 0. Diz que só quer lhe ajudar, mas não faz nada isso.
Dá importância exagerada às relações sociais, quer ajudar sempre, mas quando age assim se sente entediado. Não sabe dizer não e quando o assunto é sério parece hesitar.
Está sempre ao seu lado nas dificuldades, lhe diz que você tem muitas virtudes, que o aprecia muito, mas basta você melhorar e as coisas mudam. “Isso sempre acaba mal”, “Seja realista”; parece que não gosta de vê-lo feliz.
Não tem senso de humor, principalmente com você. Se comentar sobre algo engraçado ou que lhe fez rir, provavelmente ele lhe dirá que não achou graça nenhuma.
Pergunta sobre seus outros amigos, sua família, sempre com a intensão de julgá-los. É insistente e quer saber de todos os detalhes que não lhe dizem respeito.
Repete a mesma história várias vezes, como se não se lembrasse para quem já a contou.
No meio de muitas pessoas chega a dizer: “Este é um assunto muito delicado, não contem para ninguém”. Não é um modo correto de agir. Se não contar, não há necessidade de pedir segredo.
Não aceita discutir política ou religião. Já tem frases prontas e acaba com qualquer discussão.
Ele diz que é muito forte, que já passou por muita coisa na vida, e desqualifica suas preocupações.
Porém, você já chegou a um ponto em que não aguenta mais e acredita que precisa melhorar esse relacionamento, mas se sente culpado por comentar esse problema com outras pessoas.
Você não sabe de nada. Ele já falou mal de você para os amigos e conhecidos da forma mais baixa possível.
Mesmo que machuque um pouco, não se preocupe. Não perca seu tempo e nem o seus sentimentos, mas vale nessa vida caminhar só do que tropeçar em cobras.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

LIBERDADE


LIBERDADE

Seres humanos são como pássaros precisam de liberdade, livre-se do sentimento de posse e aprenda a amar sem esperar nada em troca.
É difícil lidar com a partida de uma pessoa querida, dói encarar uma relação desfeita ou a separação seja ela qual for. Quando acontece o afastamento, nós não aceitamos, porque aceitamos a ilusão de que aquela fonte de afeto é nossa, nesse momento algo acontece e sinaliza que essa pessoa não lhe pertence.
Agora te pergunto:  será que a vida não está mostrando que chegou a hora de você ser a sua própria fonte? Sem se agarrar a terceiros, sem posse, sem medo, com sentimento livre e encarando que mudanças acontecem e estamos sujeitos a elas. Quando amamos com grandeza não sofremos, a vida muda sempre para melhor, pena que descobrimos isso depois de muito tempo, encare essa realidade, a vida tem um fluxo e precisamos acompanha-lo. Se negamos essa inteligência nos tornamos pessoas desagradáveis, tristes e lastimosas.
Tudo na vida anda em ciclos, começamos, envolvemos e terminamos. O terminar é um começo de um novo ciclo, porque nada para sempre, tudo se transforma. Esteja aberto a essa possibilidade, encha-se de vibrações, se conseguir aceitar isso irá se sentir muito melhor. Procure um lugar tranquilo e mentalize o texto abaixo, isso vai fazer você se sentir muito melhor.
“Eu tenho o bem, e ele me influencia, me hipnotiza e me envolve. O bem me inspira aos bons sentimentos e a compreensão de fatos que eu não entendia. Tenho dentro de mim o empenho de acertar, tenho desapego. Agradeço a oportunidade da vida, nesse momento. A vida me da a lucidez para entender o que o meu espirito quer e precisa, quero desenvolver comigo uma relação, forte e boa de autoconfiança. Quero dizer que estou aberto para ver o que preciso ver e enxergar a verdade com coragem e é nesse clima que eu quero ficar, porque essa é a minha atitude”.
O sentimento de liberdade, é o sentimento comum a todos os homens, por décadas lutamos por ele, povos já foram dizimados e perseguidos por esse sentimento. Hoje temos em nossas mãos a maior arma que o ser humano pode ter, o conhecimento. O conhecimento, nos muda, transforma, porém temos a liberdade ou não de buscar essa ferramenta.


Rogério Domenice

Psícólogo/Administrador/Consultor

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O Verdadeiro Espírito do Natal



O Natal é uma data que é aguardada com ansiedade. Na minha infância, nada era tão mágico quanto o momento de reunir familiares e amigos, trocar presentes, sorrisos, abraços e comemorar com todos as voltas de uma farta mesa. E tudo se repetia ao longo dos próximos dias, afinal, ainda tinham as comemorações de ano novo. Hoje os rituais se repetem, mas conforme amadurecemos, os conceitos também amadurecem. Percebo que a data do Natal, por si só, não faz nenhum indivíduo ser melhor. Porém, a mensagem e o espírito natalino podem ser sim importantes na formação moral de um indivíduo, desde que canalizadas para a nossa intimidade; mas é aí que existem algumas falhas no nosso comportamento.


Assim como qualquer outra data comemorativa, o espírito natalino só é lembrado uma vez por ano. Temos a memória muito curta. Só lembramos do valor da mulher em uma determinada data; só lembramos da preciosidade que são pais e mães quando chega esse dia; só lembramos que negros e brancos são iguais quando se aproxima a data da consciência negra e, de forma parecida, buscamos o amor e a paz ensinados por Jesus no período natalino.


O fato é que nosso amor não está adequadamente desenvolvido e a nossa sensibilidade apurada, achamos que podemos expressá-lo por meio de presentes e em determinadas datas. E qual será o verdadeiro conceito da caridade, do amor e do espírito de natal? O conceito esta em sermos verdadeiros, generosos, presentes, gratos, honestos todos os segundos das nossas vidas, pois são nesses momentos que se agrega o verdadeiro espírito natalino o espírito da caridade,do amor e do perdão.


A moralidade, a boa conduta nos acrescentam um fluxo de energia que vibra em nosso favor e é transmitido para aqueles que nos rodeiam. Deixe a sua contribuição, a sua reflexão para uma mudança de paradigma. Não há por que pensar que precisamos ser religiosos, o fato é que precisamos ser indivíduos melhores. Todos sem exceção precisamos desenvolver o amor de forma incondicional. Jesus foi e é um (mas não o único) exemplo a ser seguido. Seus ensinamentos morais nos dão um norte, uma direção. Mas pergunto: conseguiremos ser indivíduos melhores lembrando de sua mensagem apenas em datas específicas? Creio que não. Para mim, o espírito natalino deve ser observado e cultivado todos os dias, pois todos os dias temos a obrigação moral de sermos bons, humildes e amorosos. Com todo o respeito, mas não há absurdo maior que reservar feriados para termos conduta adequada.


Se quiser presentear, presenteie! Se quiser oferecer uma ceia para família e amigos, faça-o! Se preferir viajar, aproveite ao máximo! Mas não se iluda pensando que isso te isenta da necessidade de espalhar amor, respeito e humildade por onde passar. Afinal, este presente que está ao alcance de todos nós, todos os dias! Basta embrulhá-lo com um sorriso doce e sincero!

sábado, 24 de maio de 2014

Transtorno Afetivo Bipolar

 Transtorno Afetivo Bipolar 




O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença silenciosa que provoca mudanças de comportamentos repentinos, que somente são percebidos quando o quadro se agrava devido ao descontrole provocado pelos episódios de mania e hipomania. A dificuldade de diagnosticar essa doença vem trazendo sérios danos para os pacientes que acabam tendo diagnósticos errados e tomando medicações inadequadas. Contudo, tais mudanças produzem sofrimento não só para esses pacientes, mas também para os seus familiares que estão em contato direto com eles e que são obrigados a conviver com essa nova situação. Este estudo teve como objetivo compreender as implicações provocadas no contexto social e familiar após o diagnóstico de TAB. Participaram do estudo quatro pacientes com idade entre 37 à 54 anos e quatro familiares com idade entre 35 à 77 anos. Ambos responderam uma entrevista sócio-demográfica e uma outra entrevista semi-estruturada abordando como era estabelecida essa relação paciente, familiar e sociedade e como esse familiar e paciente passam a ser vistos pela sociedade após esse diagnóstico de portador de TAB. A análise dos dados colhidos mostra que essas relações acaba trazendo dificuldades de concentração, irritabilidade, agressividade, problemas com as relações interpessoais, dificuldades de desempenhar atividades rotineiras, não só para o paciente mais também para o familiar. Discutindo-se assim, as implicações trazidas por esse diagnóstico nas relações interpessoais no âmbito social e familiar.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Relacionamentos e seus mistérios



Relacionamentos  e seus mistérios




Pude observar os relacionamentos amorosos, a dificuldade que algumas pessoas têm para aceitar o término de uma relação sem grande sofrimento. Mesmo que o relacionamento tenha sido complicado, difícil, elas sempre buscam uma desculpa para adiarem o fim da relação. Por pensarem continuamente no assunto nem conseguem levar a vida normalmente. Ficam tão abatidas que precisam de ajuda para se reerguerem novamente. Isso nos leva a refletir sobre o quanto ainda precisamos fortalecer nossa vontade e auto-estima, o quanto nos falta evoluir emocionalmente para nos amarmos mais e usufruir o amor em toda sua plenitude.

Mas por que tanta gente se envolve em relacionamentos complicados, que lhes trazem mais sofrimentos que alegrias e tomam tanto tempo de suas vidas? Nem elas mesmas entendem a razão de se submeterem aos relacionamentos desgastantes e sofridos que deixam suas vidas estagnadas. Parece até que algo as fazem buscar inconscientemente tais relacionamentos e atrair para suas vidas decepções e desenganos. Como não conseguem viver sem um amparo emocional, entregam-se totalmente ao "amor", até mesmo ao que já nasce fadado ao fracasso. Quando os relacionamentos findam, juram que da próxima vez a coisa vai ser diferente, pois já aprenderam com o desencanto e a frustração do relacionamento anterior.

Por mais que elas prometam que o próximo será diferente, acabam sempre envolvidas em amores complicados. São pessoas que baseiam suas vidas no que o outro pode lhes dar em matéria de afeição e buscam desesperadamente alguém que as salve de si mesmas e dê algum sentido às suas vidas. A solidão e os sofrimentos que passaram em determinadas etapas da vida podem levá-las também a se apegarem a alguém que, de alguma forma, supra-lhes as carências e constituam-se no amparo de que precisam para viver. E, mesmo sabendo que o relacionamento não é o ideal, acreditam poder "mudar o outro". Querem transformá-lo no ideal de seus sonhos, naquele ser que pode fazê-las felizes para sempre.

É preciso haver uma sintonia amorosa que passa muito além da atração física ou do interesse propriamente dito. Senão, haverá sempre a insatisfação e a procura de algo que preencha e dê sentido à existência.

O importante é ofertar ao outro o melhor, desejando que ele cresça individualmente em todos os sentidos, assim como é precisos crescer também. É tudo junto. Cada qual com sua individualidade, com seus ideais, mas numa completa sintonia de respeito, dedicação e amor. Então, o que pode tornar um relacionamento complicado é a falta dessa sintonia amorosa, ou seja, é não existir reciprocidade naquilo que ofertamos ao outro. É preciso existir uma sintonia espiritual, que fará o relacionamento seguir adiante e se fortalecer cada vez mais. Antes de tudo, é necessário respeitar o parceiro, ofertando a ele o que desejamos receber, ou seja, se quero carinho, amor e dedicação tenho que oferecer a ele o mesmo. O fundamental para um relacionamento dar certo passa necessariamente pelo respeito e a consideração com a pessoa amada.

Aspectos como egoísmo, insegurança, amor próprio ferido, intolerância, desrespeito, ciúmes doentios e outros mais, estão nos mostrando pontos cruciais que exigem de nós um maior discernimento para conseguirmos vivenciar um amor mais saudável, e que, para não ficarmos presos aos sofrimentos e desenganos amorosos, precisamos mudar a nossa atitude em relação à vida e as pessoas. É preciso enxergar o outro como nos enxergamos, ou seja, um ser humano com os mesmos defeitos, frustrações e anseios. Esquecemos que ele, como nós, muitas vezes é uma pessoa insegura e que está aprendendo também através de seus próprios erros. Agora, relacionamentos que não fluem normalmente, que sempre nos deixam em alerta e onde não existe o respeito, precisam ser avaliados com atenção para se entender as razões pelas quais nos submetemos a eles.

Antes de tudo, é preciso entender que não é possível amar alguém se não nos amarmos e respeitarmos, pois, se não estivermos em paz e felizes com nós mesmos, não seremos felizes com ninguém. O sentimento de perda é normal quando um relacionamento chega ao fim, só que ele não pode fazer com que se ache que a vida perdeu o valor. É natural a saudade, não o desespero. Por isso é importante nos conhecermos melhor para aprendermos a valorizar mais os sentimentos verdadeiros, livres de ambições e aprisionamentos amorosos. Aí é que entenderemos que o amor não pode ser um sentimento que aprisiona e que nos impede de seguir adiante e amar outras pessoas.

O relacionamento amoroso é feito, na verdade, de diferenças. É a partir delas que aprendemos a nos relacionar com as pessoas, respeitando as diferenças existentes. Segundo o Espírito Hammed: "Requisitar dos outros o que eles não podem dar ainda é desrespeitar suas limitações emocionais, mentais e espirituais, ou seja, sua idade evolutiva" (Livro Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo). Como eles são imprescindíveis na vida, é preciso construir relacionamentos que tragam mais alegria, paz, segurança e amor. O importante é sabermos que os amores verdadeiros, ao contrário dos nascidos de interesses passageiros, são eternos e sempre nos acompanharão seja em que plano estivermos.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Valores



Valores


                            Esses dias  escutei uma frase da conversa entre duas pessoas: "... você viu só a cena da novela? Que pouca vergonha! Dois homens se beijando que podre...!" O termo soou-me tão forte que não mais consegui escutar a sequência do que diziam, pois a afirmação "Que Podre" ficou ressoando em minha mente.

O ser humano não está apodrecendo. O que está acontecendo é uma grande e significativa reformulação (e mesmo inversão) de valores. Sem ponderação das consequências advindas do comportamento adotado. Aqui é importante ressaltar que o que fica é o que é feito e não o que é dito. "Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço" é uma afirmação que desde seus primórdios não tem sido considerada como se deve. 
                           Convivemos com pessoas com síndrome de riqueza, síndrome de amor que nada mais é que uma auto estima muita baixa, onde o criar situações se faz necessário para que a pessoa de sinta confortável e segura.

                         Fala-se  da prostituição e das prostitutas como se não existissem "clientes" que as buscassem. Fala-se de pessoas que se vendem como se não existissem  pessoas que as comprassem. O que estou dizendo é óbvio? É, mas vejam que interessante: as pessoas queixam-se de se sentirem ameaçadas por ladrões de peças de carros e no entanto compram não só peças, mas também acessórios e mesmo motores por preços que, sabidamente, não tiveram fontes honestas. Se ninguém comprasse, não haveria por quê roubar. É difícil, mais uma vez, admitir que somos parte integrante na responsabilidade dos males que afligem nossa época, e o que é pior: além de não admitir, nos enganamos descaradamente. Como? Convencendo-nos a cada momento de que nossas atitudes são éticas e coerentes.

           Estamos tão perdidos em nossos referenciais que achamos que levar algumas vantagens nos alivia de outros males, como se fosse uma lei de compensação. Precisamos tirar algum proveito. Pronto. Acabou o referencial de direitos e deveres. Referencial este baseado em valores que nos levam à ação. Honestidade, fidelidade além de outros, são valores muito apregoados, mas que não vêm sendo praticados.

Podemos mudar isto? Queremos retomar valores que nos dignifiquem e nos dêem orgulho de existirmos? Precisamos parar com o "ir no embalo". O carro da frente andou, eu ando também mesmo que o farol não esteja aberto pra mim. Faço o que o outro fez, é automático. É a famosa psicologia de massa, faça e os demais lhe seguirão, por imitação.

            Uma autora diz sobre ética: "Pergunte-se se o que pretende fazer poderá ser contado para seus filhos sem nenhum constrangimento. Caso titubeie, não o faça, pois estará ferindo a ética!" Lembre-se que o modelo para as pessoas é o comportamento, não o discurso. Você está passando para seus filhos, amigos, funcionários, exatamente o que você faz e não o que você prega. Valor é o que tem importância, tem significado, pois então, vamos cuidar de recuperá-lo e praticá-lo. Ao sermos coerentes com nós mesmos, estaremos eliminando muitas de nossas inquietações e ansiedades.