O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença silenciosa que provoca
mudanças de comportamentos repentinos, que somente são percebidos quando
o quadro se agrava devido ao descontrole provocado pelos episódios de
mania e hipomania. A dificuldade de diagnosticar essa doença vem
trazendo sérios danos para os pacientes que acabam tendo diagnósticos
errados e tomando medicações inadequadas. Contudo, tais mudanças
produzem sofrimento não só para esses pacientes, mas também para os seus
familiares que estão em contato direto com eles e que são obrigados a
conviver com essa nova situação. Este estudo teve como objetivo
compreender as implicações provocadas no contexto social e familiar após
o diagnóstico de TAB. Participaram do estudo quatro pacientes com idade
entre 37 à 54 anos e quatro familiares com idade entre 35 à 77 anos.
Ambos responderam uma entrevista sócio-demográfica e uma outra
entrevista semi-estruturada abordando como era estabelecida essa relação
paciente, familiar e sociedade e como esse familiar e paciente passam a
ser vistos pela sociedade após esse diagnóstico de portador de TAB. A
análise dos dados colhidos mostra que essas relações acaba trazendo
dificuldades de concentração, irritabilidade, agressividade, problemas
com as relações interpessoais, dificuldades de desempenhar atividades
rotineiras, não só para o paciente mais também para o familiar.
Discutindo-se assim, as implicações trazidas por esse diagnóstico nas
relações interpessoais no âmbito social e familiar.
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