IDENTIFICANDO SEUS “INIMIGOS”
“AMIGOS”.
“A
falsidade tem asas e voa, e a verdade a segue engatinhando, de modo que quando
percebemos o engano, já é tarde demais”
(Miguel
de Cervantes)
Muitas vezes é
difícil diferenciar uma bolsa de uma marca famosa de uma imitação. Elas
têm a mesma forma, mesma cor, a mesma costura, as mesmas medidas e até a
etiqueta é igual a da marca original. Mas há pequenos detalhes que vão se
revelando ao longo do tempo. Quando exposta ao sol ou molhada, a bolsa imitação
se desmancha: as divisões internas se descosturam e causam desconforto; até a
alça que utilizamos para carregá-la no ombro já não é tão confortável
quanto antes. E o que podemos fazer? Sentimos pena de jogar fora, mas não
podemos usá-la em nenhum evento importante. O mesmo vale para as relações com
os falsos amigos. No início, os falsos amigos parecem perfeitos, mas aos
poucos, sem que percebamos a razão, começam a causar mais problemas e
aborrecimentos do que se espera de alguém com quem compartilhamos uma vida ou
apenas conversas interessantes. Eles parecem mudar com o tempo ou já não
conseguem esconder a sua verdadeira face, o seu verdadeiro caráter.
Começam as
discussões e as desavenças por coisas banais. Seu comportamento fica estranho,
mas você não quer “abrir os olhos “. Ninguém gosta de perder os
amigos, quando você vê você se torna o principal alvo do seu querido amigo. Eu
particularmente nesses quarenta de anos de vida, convivi com muitas pessoas que
passaram pelo meu caminho, pessoas maravilhosas e seres humanos desprezíveis. Quando o ser humano, que frequenta a sua casa,
come da sua comida, usufrui dos benefícios da sua amizade, futuramente se torna
um estranho para você, alguém desprezível, que choca pelas atitudes e pela
forma que enxerga você e o mundo na maioria dos casos, é alguém frustrado, que
não se encaixa em padrões sociais de convivência e a forma de se sentir igual é
denigrir o que nunca poderá alcançar, no caso você. O que leva o ser humano
agir desta forma? O motivo é muito singular e requer uma análise mais
minuciosa, porém na maioria dos casos, o que não podemos ser e ter se torna
alvo da nossa perseguição. Resumindo a pura falta de capacidade e conhecimento.
Aqui, dou algumas
orientações para que você identificar os “falsos amigos”.
Dicas para identificar o falso amigo
Fique de olhos bem
abertos. Eles são muito sutis e agradáveis e acreditamos que não há motivo para
preocupações. No entanto, antes que a situação se torne insuportável, como
acontece com a bolsa falsa que acaba se desmanchando, resolva essa situação. Afaste-se
e tire-o da sua lista de contatos.
Seu amigo parece
feliz em falar com você, mas sempre fala mal dos outros. Nunca tem nada de bom
para comentar, está sempre destilando seu veneno.
Curiosamente, essa
mesma pessoa o elogia na sua frente, mas o critica quando não está presente.
Não conversa sobre
vários assuntos, mas fala muito da vida das outras pessoas. É impossível ter
uma conversa que não o leve a analisar a vida dos outros em comparação com a
sua.
Ele não é honesto
com os seus sentimentos e isso é confuso e desgastante.
Ele lhe diz para
ser alegre e positivo, mas ele próprio não age dessa forma. Não quer demonstrar
suas frsquezas e faz parecer que não precisa da sua amizade.
Faz comentários
desagradáveis como: “o meu estava melhor”, “eu já passei por isso”, “eu já lhe
disse isso”, “não é para tanto”. Seu nível de maturidade é 100 e ele diz que o
seu é 0. Diz que só quer lhe ajudar, mas não faz nada isso.
Dá importância exagerada às
relações sociais, quer ajudar sempre, mas quando age assim se sente entediado.
Não sabe dizer não e quando o assunto é sério parece hesitar.
Está sempre ao seu
lado nas dificuldades, lhe diz que você tem muitas virtudes, que o aprecia
muito, mas basta você melhorar e as coisas mudam. “Isso sempre acaba mal”, “Seja realista”; parece que não gosta de vê-lo
feliz.
Não tem senso de humor, principalmente com você. Se comentar sobre algo engraçado ou
que lhe fez rir, provavelmente ele lhe dirá que não achou graça nenhuma.
Pergunta sobre seus outros amigos, sua família, sempre com a intensão de
julgá-los. É insistente e
quer saber de todos os detalhes que não lhe dizem respeito.
Repete
a mesma história várias vezes, como se
não se lembrasse para quem já a contou.
No meio de muitas pessoas chega a
dizer: “Este é um assunto muito
delicado, não contem para ninguém”. Não é um modo correto de agir. Se
não contar, não há necessidade de pedir segredo.
Não
aceita discutir política ou religião. Já tem
frases prontas e acaba com qualquer discussão.
Ele diz
que é muito forte, que já passou por muita coisa na vida, e desqualifica suas
preocupações.
Porém, você já chegou
a um ponto em que não aguenta mais e acredita que precisa
melhorar esse relacionamento, mas se sente culpado por comentar esse
problema com outras pessoas.
Você
não sabe de nada. Ele já falou mal de você para os amigos e conhecidos da
forma mais baixa possível.
Mesmo que machuque um pouco, não
se preocupe. Não perca seu tempo e nem o seus sentimentos, mas vale nessa vida
caminhar só do que tropeçar em cobras.
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