sexta-feira, 1 de abril de 2011

O perdão

"Mais fácil sofrer, difícil é perdoar." 
(Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

O perdão é um ato muito mais profundo do que a nossa percepção possa compreender. 

O verdadeiro perdão está intimamente ligado ao amor - o amor verdadeiro, o amor fraterno, não este que costumamos barganhar através de nossa inconseqüente e inconstante insegurança, abafando o nosso rancor e dizendo: eu o perdôo.
O verdadeiro perdão vem do fundo da alma. O rancor e o ódio sequer existem dentro do ser que verdadeiramente perdoa. Eles não arranham e não abalam o amor. 
Portanto, o verdadeiro perdão chega até mesmo a ser um ato inconsciente. Pois aquele que não odeia, não tem consciência de que necessita perdoar. Ele perdoa porque ama. Seu perdão se mistura ao amor. Esse perdão é a nossa busca. 
Mas para isso precisamos, primeiro, conhecer a nós mesmos, conhecer o verdadeiro amor, conhecer a Deus que, em nossas mentes nos parece tão distante mas que, na realidade, habita em cada um de nós. Quando adquirirmos consciência deste Deus supremo e interior que temos, deste Amor, desta Chama Infinita que nos habita, aí sim, poderemos começar a galgar o caminho do verdadeiro perdão. Até lá, teremos que nos esforçar, teremos que lutar para nos conscientizarmos e analisarmos, realmente, se aquele que nos magoou, provocou-nos tanta mágoa assim, ou se não é o nosso orgulho ferido que está ali, sangrando. Não o nosso coração, mas o nosso orgulho ferido. 
Quando iremos deixar a vingança, o ódio e o rancor de lado? Muitas vezes aquele que nos atira uma pedra pode até mesmo tê-la atirado sem querer. Mas nós, em nossa inconstante busca de superarmos uns aos outros, queremos revidar. E pensamos em revidar os atos agressivos, não os atos de amor...
Estamos longe do verdadeiro perdão porque, infelizmente, estamos ainda distantes do verdadeiro amor. Mas temos a essência e todos os ingredientes para conseguirmos obter tanto o amor, quanto o perdão.
Que todos possam, realmente, perdoar-se uns aos outros. E perdoando, principalmente a si mesmos, possam começar a conhecer o amor e o perdão verdadeiros.


Queridos amigos, suas angústias, suas ansiedades, enfim, seus desequilíbrios estão na maioria das vezes relacionados com sua forma de pensar e de agir. Principalmente quando guardam em seus corações sentimentos inferiores como o ódio, pois este sentimento é reflexo de si mesmos. Este sentimento tão primitivo só existe por terem inimigos e muitas outras vezes por fazerem de um amigo, um opositor.
Peço que repensem, esforcem-se em retirarem este perverso sentimento dos seus corações. Só assim poderão livrar-se de pensamentos inferiores e, consequentemente, de seus inimigos, transformando-os em amigos.
A lição já foi dada, pelo exemplo, há muito tempo. Infelizmente, a humanidade não assimilou e vive presa ao sofrimento. Enquanto existir no coração do homem, encarnado ou desencarnado, sentimentos desta natureza, o espírito não poderá elevar-se a passos mais longos. 
Não se esqueçam que o ódio não é eliminado após a morte do "vaso" físico, pois o sentimento é do espírito e não do corpo. Assim, se têm ódio, certamente precisam expurgá-lo, pois a vocês estarão ligados irmãos de planos inferiores que de algum modo interferirão em suas vidas, propiciando-lhes angústias, insatisfações e tristezas. Com o perdão, estes irmãos não poderão ligar-se a vocês e assim, através do seu mérito poderão, em outra oportunidade, serem seus aliados.
Outro sentimento ainda presente no homem é o duelo, tão arcaico quanto as lutas dos povos em nome de Deus. Deus, que só quer o bem e a união fraternal entre seus filhos. Em nome da honra o homem mata ou se mata, passa de "ser abençoado" pela oportunidade do reencarne para "ser homicida ou suicida". E não pensem que isto representa coragem, pois é pura covardia em nome do orgulho e da satisfação do eu inferior. E essa covardia dos homens perante seus irmãos existe até os dias de hoje, onde em nome da "competitividade" o homem esmaga seus "concorrentes" do plano material; onde nações, em nome da proteção de mercados, esmagam outras.
Então, amigos, só existe uma forma de evolução para o homem. É a reforma através das ações. 
Desejem o bem para todos, inclusive para os seus inimigos. Desejem-lhes a Luz para que também possam melhorar-se. Assim, com a moral mais elevada, o espírito estará mais equilibrado e se resguardará contra as investidas alheias.

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