As aparências enganam
Considere alguém. O que você acha dessa pessoa? Como você a vê?
Quem ela realmente é? Assim como uma análise fria de um veiculo que é somente um carro, analise mais profundamente o
seu motorista que é a vida que guia esse
carro, o corpo, os modos, as vestes a
pessoa de fato.
Não julgue nunca sem conhecer as
causas, porque aquele que se atrevesse a julgar pelas aparências, pelo externo,
pelo incompreendido, periga ser julgado pelas causas mesmas que fixarão o
juízo. Assim como o valente desvia a direção da bala, o temeroso a atrai para
si.
Duas coisas opostas jamais podem permanecer unidas; a presença de uma é a ausência da outra.
Duas coisas opostas jamais podem permanecer unidas; a presença de uma é a ausência da outra.
Desde nossa terna infância somos
condicionados a julgar pela aparência. Recebemos inúmeras orientações quanto
aos objetos que nos cercam e sobre as pessoas que nos rodeiam. Nossos pais e
cuidadores nos educam a não colocar objetos nojentos e sujos na boca, a
reconhecer prováveis perigos numa sala e sermos afáveis com aquelas pessoas que
nos tratam com carinho.
Com o passar do tempo, nos
condicionamos em julgar conforme o aspecto. Assim temos o hábito de fazer com
as frutas, os peixes e a maioria dos alimentos que consumimos.
Mas não para por aí. Julgamos e
analisamos a realidade em nossa volta o tempo todo. Quem de nós, quando
crianças, não vinculou a imagem das belas princesas loiras e de olhos azuis às
pessoas bondosas, gentis e merecedoras de toda nossa ternura?? Já a imagem da
velha enrugada com a vassoura na mão não remete à pura tradução da maldade??
Ao longo de nosso desenvolvimento
vamos nos organizando e formulando critérios cada vez mais elaborados para
nossas escolhas e caminhos. O ponto de partida geralmente passa pela aparência
ou impressão que temos à primeira vista.
Perceber alguém pelo que veste,
pela aparência, pelos gestos, pelas atitudes, é considerar que somos humanos e
falhos de fato e temos um pré conceito. Eu posso olhar para você e achar que
você é o que meus olhos comunicam; que meus gabaritos mentais filtram. É
complexo analisar alguém pela aparência, o julgo pode e é sempre um instrumento
perigoso.
Eu compreendi que durante muito
tempo, julgamos pessoas , mas vale lembrar que quando apontamos o dedo para
alguém automaticamente tem vários dedos apontados para nós. O respeito, ele começa conosco, quando nos respeitamos, e é a partir desse momento que aprendemos a respeitar o próximo.
Um comentário:
Parabéns pelo texto Ro!
Incrível como você transparece bem um tema tão complexo, e que envolve tanta opinião!
Devemos sempre ter cuidado em julgar o livro pela capa mesmo. Muitas vezes esta capa não condiz em nada com o conteúdo. Abraço
Ass: Bruno Rinaldi
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