segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Aprender a discernir

Aprender a discernir








Aprendemos a discernir quando reconhecemos que tudo funciona através de um tripé de processamento dos estímulos, que define que todos os estímulos que recebemos seguem exatamente o caminho traçado por: INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E DISCERNIMENTO em natural correlação com CORPO, MENTE E ESPIRITO.
É um erro acreditarmos que somos capazes de dar conhecimento ou discernimento a alguém. O máximo que conseguimos é dar informações. Sempre, tudo que nos chega através dos sentidos, por imagens, sons, ou quaisquer sensações em uma leitura, uma palestra, um filme, uma aula são apenas informações. 
O conhecimento só é obtido através da disponibilidade de quem recebe as informações em poder, ou não,mobilizar sua atenção nelas. Se a atenção for mobilizada nas informações, ou seja, se aquilo chamou a atenção e estimulou a concentração, as informações se transformarão em conhecimento através dos nexos disparados pela mente. Quanto maior a nossa capacidade mental ou a capacidade de dar nexo, mais e maior conhecimento obteremos. 

E, o que é conhecer? É simples! Imagine uma caneta. Certamente a imensa maioria das pessoas é capaz de imaginar uma caneta apesar das variações dos modelos, formas, cores, etc. Isso acontece porque todos nós, desde pequenos, vemos canetas e enquanto recebemos as informações sobre aquele objeto, transformamos essas informações em conhecimento. Assim, conhecemos uma caneta. Só que existem milhares de tipos de canetas e muitas delas com funções e qualidades específicas. 

Quando já mobilizamos a atenção no conhecimento que temos da caneta passamos a exercitar o discernimento. Discernir é buscar compreender a razão de ser das coisas do universo, aquelas que definimos como as criadas por Deus e também as criadas pelo homem, assim como a razão do próprio homem e, acima, do próprio Deus. 
Tudo o que existe tem uma razão para existir. Descobrir essa razão é discernir. Ainda no exemplo da caneta que conhecemos como um objeto de grafia, algo feito para grafar, podemos imaginar que numa sala de aula, ao invés de escrevermos no quadro branco com a caneta apropriada, vamos utilizar uma esferográfica. O estrago no quadro branco seria inevitável e, o pior, ninguém conseguiria receber as informações contidas nele, pois não conseguiriam lê-las. Portanto, discernir é simplesmente reconhecer a razão de ser de tudo; utilizar qualquer objeto, em qualquer situação da forma correta, de acordo com sua razão. 
O exemplo da caneta é simples, mas podemos expandi-lo para os nossos relacionamentos pessoais, profissionais e para tudo aquilo que nos rodeia. Ser discernido é ser sábio e podemos ser sábios em nosso dia-a-dia, pequenos sábios, vá lá, mas... sábios! Podemos ser ponderados e ter bom senso. Isso é sabedoria! Podemos ir além dos aspectos racionais das coisas e dos fatos. Podemos ir além da pura intelectualidade! Afinal, o gênio faz guerra, mas o sábio não!

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